Cresce o número de empregos para mulheres no Paraná

Cresce o número de empregos para mulheres no Paraná

O Paraná é o quinto colocado no ranking nacional da geração de novas vagas de emprego com carteira assinada no Brasil. Foto: Gilson Abreu/Fiep/Arquivo ANPr

O Paraná é o quinto colocado no ranking nacional da geração de novas vagas de emprego com carteira assinada no Brasil. Nos primeiros cinco meses do ano, o estado também é destaque na contratação de mulheres.

Dentre os 100 municípios que mais geraram postos de trabalho para o público feminino, oito são do Paraná, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Entre janeiro e maio de 2018, foram criadas em todo o estado 13.006 novas vagas ocupadas por mulheres.

O saldo de destaque fica para a capital paranaense. Curitiba aparece no ranking como a quinta cidade do Brasil que mais criou postos de trabalho com carteira assinada para as profissionais. No acumulado, foram criadas na capital 3.563 novas vagas. Na sequência está Maringá, que ocupa a 17ª posição e gerou 1.234 novos postos, São José dos Pinhais (26° lugar, com 935 vagas), Cascavel (34° lugar, com 817 vagas), Rio Negro (50° lugar, com 551 vagas), Foz do Iguaçu (55° lugar, com 530 vagas), Cianorte (62° lugar, com 482 vagas) e Guarapuava (89° lugar, com 372 vagas).

O presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki, diz que os oito municípios paranaenses com destaque no ranking estão em regiões diversas do estado. “O fato dos municípios estarem espalhados pelo Paraná mostra um Estado com políticas de igualdade eficazes, além de uma recuperação do mercado de trabalho em todo o Paraná”, afirma Suzuki. Ele ainda esclarece que esses números mostram uma recuperação importante, levando em conta o período de pós-crise que o estado enfrenta.

Na liderança dos setores que mais criaram vagas para mulheres nos primeiros cinco meses de 2018 está o setor de serviços. Sozinho este setor fez 13.078 novas contratações. Em segundo lugar está a Indústria, que também apresenta uma recuperação, tendo gerado 2.228 novas vagas. Suzuki diz que os números positivos no setor industrial é um importante indício da inserção das mulheres nos mercados ocupados prioritariamente por homens.

Das atividades que mais contrataram profissionais femininas no Paraná o atendimento hospitalar lidera o ranking, com um saldo positivo de 1.096 vagas, seguida da atividade de fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros (862 vagas) e atividades ligadas ao ensino fundamental (808).

Na capital paranaense, as atividades líderes na contratação de mulheres estão ligadas ao fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiro (862 vagas), teleatendimento (660) e serviços combinados de escritório e apoio administrativo (411).

Nível de instrução

Em termos de escolaridade, observa-se o predomínio da geração de vagas para as profissionais com, no mínimo, o ensino médio completo. A oferta de novas vagas para mulheres com ensino médio completo e superior incompleto chegou a 8.389. Já as vagas para as profissionais com ensino superior completo foram de 6.281.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres estudam mais do que os homens, o que reflete em profissionais com um nível de instrução maior.

O economista Alexandre Chaves, do Observatório do Trabalho da Secretaria Especial do Trabalho e Relações com a Comunidade, diz que a maior parte do saldo observado na criação de novas vagas para mulheres está dentro da faixa etária de 18 a 24 anos. “A contratação nesta faixa é muito expressiva, cerca de 85% dos novos postos de trabalho para mulheres no estado foram ocupados pelas jovens” afirma. Chaves também destaca que 64% dos empreendimentos contratantes são de negócios classificados na faixa entre um a 49 funcionários, com um saldo positivo de 8.426 vagas.

Fonte: AEN

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